Nome do Personagem: Yone
Título da História: Yone - Desafiando à morte
História:
Yone é um Diabolic Master Infernalist, caçador de recompensas que desbrava o mundo do RadBr, lutando contra criaturas perigosas e monstruosas, de Wisland a Southshire, das Ilhas Perdidas a DragonWorld, desvenda seus mitos, lendas e protege cidades de invasões, e é recompensado com tesouros valiosos, aceita quaisquer missões, desde encontrar itens perdidos ou mandar recados familiares.
Em uma de suas visitas costumeiras por Tanaris, a cidade deserta, montado em sua montaria, o Scorpion King, um escorpião dourado de batalha com o ferrão em histe — faz um intervalo para descansar no santuário da cidade — e aproveita para falar com o comerciante.
Icarus é um clérigo que abençoa os guerreiros combatentes, por uma quantia, protegendo as montarias, as habilidades e vendendo o amuleto da perda, um item que não permite o usuário ser saqueado após a morte.
Sobe as escadas da construção de pedras, faz um aceno para o sacerdote e paga para ele, com as moedas azuis brilhantes em um saquinho, para ser abençoado, uma áurea de magia lhe circunda após receber a benção.
O templo era embutido no castelo do rei, os portais azuis brilham indicando o teletransporte para os treinadores e a estátua de uma mulher sustentando uma tocha, era a entrada para a arena. O interior do lugar possuía um tom amarelado devido as inúmeras tochas iluminando, decide subir ao terceiro andar verificar se a entrada do evento zumbi estava aberta.
Sem sucesso, esquecera-se de que abria aos sábados, visto que estava no terceiro piso, vai ao quarto e último andar onde aproveitaria para cumprimentar o rei e por sorte, encontrar alguma nova missão que valesse a pena submeter sua pessoa ao esforço.
O Rei Titanio se encontrava na sala do trono, andando de um lado para o outro e o infernalist curva-se em reverência ao rei, sobre o tapete vermelho.
— Vossa Majestade! — Sauda abaixando o shemagh que vestia cobrindo rosto, que usava para se proteger das tempestades de areias do deserto.
— Olá Yone. Eu sou o Rei de Tanaris. Você poderia me fazer um favor? — Solicita carecendo de ajuda.
— Certamente lhe faço um favor, senhor. — Os olhos do aventureiro brilham com a expectativa de lucrar e cumprir uma tarefa.
— Sou um rei viúvo, pois a morte levou minha esposa de meus braços. Se encontrar uma forma de trazê-la de volta a vida, eu lhe pago independentemente do preço. — Pranteia emocionado.
O jovem após ser dispensado, permanece profundamente imerso em pensamentos.
Vai até à taverna do Canabrava, descendo a rua, e pega uma bebida no bar, pois o vendedor estava alcoolizado e incapaz de servir, e não gostaria de comprar imbuiment remove agora. Entre um gole e outro de cerveja, uma ideia lhe clareia a mente.
Sabia ter uma forma de ressuscitar a rainha e apostaria toda a sorte nessa possibilidade, podia ser uma tentativa suicida, mas era isso que caçadores de recompensa faziam. Exploravam e superavam as limitações.
Única criatura capaz de reviver uma pessoa é um Deus. E por coincidência, conhece um que se encaixa perfeitamente.
Vira todo o caneco na boca, deposita as moedas no balcão e deixa o bar. Segura as rédeas do escorpião e com um impulso, monta no mesmo, que balança o aguilhão instigado pelo fervor do cavaleiro, antes de sair em disparada em direção sul da cidade.
Yone possui um vasto conhecimento do mundo do RadBr, de modo que sua bússola biológica já tem decorado regiões, localizações e ambientes, além de ser um homem influente e conhecido onde quer que fosse, com um coração bondoso e sempre disposto a ajudar os menos afortunados e jogadores iniciantes.
O clima desértico com temperaturas elevadíssimas, ausência total ou parcial de vegetações e tempestades de areias, faziam de Tanaris uma capital para quem é tenaz. O viajante trajava as roupas no estilo oriental, adequado aos climas quentes, pois isola o calor externo mantendo a temperatura do corpo.
Após passar por criaturas insignificantes no caminho, se depara com as montanhas ao lado oeste do mar, conseguindo ultrapassá-las pelos dois lances de escadarias esculpidas na pedra. Na região montanhosa era possível identificar troncos ressecados e retorcidos, cactos espinhosos e pedregulhos de rochas sedimentares, vários escorpiões que atacam, mas seus venenos são inúteis contra alguém experiente.
A sua frente um pilar majestoso com duas portas trancadas, que adentra por ter chave, com entradas de ferro, as portas batem estrondosas com a baforada repentina do vento. No lugar vários sarcófagos decorados com joias preciosas, archotes queimando e um clamor ancestral ressoa pelas paredes, Yone sente os pelos se arrepiarem e entra em modo de batalha.
Na cripta encontra vários espécimes de Escorpião Rei e tumbas, havia apenas chegado até aqui, para domar a montaria, o que encontraria a partir esse ponto era novidade, ultrapassando as lápides mais a frente, se infiltra na pirâmide.
Yone abre seu Livro Nível 7, o livro de feitiços e caminha cautelosamente pela extensão de pedra, em suas mãos um fogo conjurado, a magia de fogo único!.
O deus que procurava era responsável pela mumificação e conhecido por auxiliar as almas na ressurreição, portanto se adequava completamente com seu objetivo, esperava ao menos uma cooperação da entidade para facilitar seu empenho.
A sensação sufocante de perigo torna a atmosfera densa, os sons dos escorpiões reis causam-lhe calafrios, o fogo crepitando nos círios, as flores decorando o chão, como se homenageando a morte iminente, a quem se atrevesse a cruzar a porta que separava o mundo humano do sobrenatural. O destemido jovem respira fundo, engole em seco e empurra a porta.
O deus egípcio com cabeça de chacal batuca as garras no trono de madeira e solta um esgar em escárnio. A sala pequena na pirâmide continha um trono, tapete vermelho e archotes acesos.
— Um mortal vivente perante o deus da vida após a morte. — Debocha em ironia.
— Eu vim lhe desafiar... Anúbis. — O humano estende a mão com a chama queimando, em provocação.
A divindade ergue a sobrancelha divertido pela audácia.
— E o que lhe faz crer que terá liberdade para tal, criatura miserável? — Ajeita a postura encarando-o.
As diferenças de tamanho eram espantosas, mas o que estava em jogo era maior que meros detalhes de medidas.
— Honra! — Ergue o queixo audaz. — Acredito que até os deuses prezam por honra.
— Toda criatura é digna de lutar por sua honra. — Admite em concordância. — Considere o desafio aceito.
— Se eu vencer o duelo, você ressuscitará a esposa do rei Titanio para mim. — Enquanto fala, caminha com os olhos fixos no deus. — Se eu perder, você tem toda a liberdade sobre minha morte e meu coração pode ser entregue para ser devorado por Ammit, o deus leão, sem precisar do julgamento da “pena da verdade”.
O chacal solta um rosnado desaprovando.
— Não. Conheço todos os indivíduos que pisam aqui e você é um ser honesto e bondoso, usarei seu coração como símbolo da ganância e ignorância humana em crerem ser superiores aos deuses. — Se levanta assumindo a forma de batalha.
Anúbis transforma-se em uma múmia, adquirindo a aparência de combate que usa sempre e cuja é conhecida no mundo do RadBr. Yone enquanto se prepara para a luta, permanece alguns minutos apreensivos de sua decisão, no entanto, não tem muitas oportunidades de julgar sua atitude, pois é imediatamente arremessado ao outro lado da sala, batendo as costas nas rochas, o escorpião rei some.
— Hoje acordei como um Deus! — A voz da entidade ressoa através das paredes quando fica invisível.
O combatente levanta, sua feição enfurecida, cospe o sangue no chão e fita o vazio a sua frente.
— Pode ser um deus, mas não é imortal. — Os olhos castanhos brilham com chamas. — Vou te dar um vislumbre do verdadeiro inferno.
Cerra os punhos concentrado liberando o feitiço. Uma magia de área com círculos negros que explodem exibindo várias caveiras, preenche a sala e modifica o corpo do usuário, que assume uma forma humanoide espectral e fantasmagórica com cabelos negros e olhos brancos, trajando um vestido cinzento e solta um grito gutural.
— Espíritos do inferno! — Cada estouro a magia transmite um gemido de almas mortas.
O ataque em expansão obriga Anúbis materializar-se, que velozmente, pois era imune a paralisia, ataca de novo o mortal agarrando-o pelo pescoço e drenando a energia, Yone conjura ondas de fogo! que expele o inimigo para longe o ferindo, e o deixa sangrando, pois as magias eram poderosas.
O guia dos mortos avança rápido contra o oponente, na metade do caminho se esconde, desvia do novo ataque de ondas do infernalist, e enfia o punho na barriga dele e o atravessa eliminando metade da vida, terminando de destruir quase a saúde completa do ser humano, quando joga-o no chão com violência, o humano esbraveja dolorido sentindo os ossos quebrarem.
A potestade consegue recuperar toda a vida perdida no ataque anterior, voltando a permanecer intocado e intangível, como um deus realmente se considera.
O diabolic master infernalist está fraco, cercado de manchas do próprio sangue que escorre no piso da sala, utiliza as runas brancas de cura, ultimate healing, para se recuperar e diminuir o dano causado em seu vigor, que se fosse definir em uma cor, certamente seria vermelho, o que significava estar quase morrendo.
Anubis era uma das criaturas da raça dos undead mais temidas do RadBr e seu nível de combate era digno apenas aos supremos jogadores e guerreiros, era incapaz de usar magia por apenas possuir ataques físicos, mas conseguia matar muitos heróis com as próprias mãos e garras.
O jovem restabelece o fôlego outra vez para a batalha, possuía agora um plano em mente para acabar definitivamente com o deus, usa sua magia para correr, impulso infernal!, porém o inimigo lhe paralisa, e não consegue desviar do ataque certeiro, que arranca metade de sua energia recuperada, as habilidades da divindade eram formidáveis.
Yone não desiste, embora ferido de novo, conjura uma parede de fogo! e queima o oponente causando dano, aproveita também para utilizar as runas de ataque, uma cinza com o poder da morte, sudden death, e outra laranja com a capacidade ofensiva, inferno concentrado!. Quando a personificação de múmia a sua frente, que era o deus, torna-se invisível novamente, o mestre infernal cria uma armadilha.
— Armadilha explosiva! — Cria um campo de fogo impenetrável com paredes em chamas, não permitindo a saída da divindade egípcia, e utiliza mais uma vez de sua magia mais poderosa. — Espíritos do inferno!
O feitiço com o poder ampliado pela armadilha explosiva, destrói as defesas físicas de Anúbis, que regenera a vida, mas não consegue aguentar os danos consecutivos de combos e sucumbe.
— Não, isso é impossível! — Cai no chão. — Meu nome é Anúbis!
— E eu sou Yone! — Quando o efeito da magia passa, volta a ser humano.
O deus também volta a sua forma egípcia, sem a mumificação, apenas com o porte humano e cabeça de chacal.
— Aqui está o pacto, cumpro a minha palavra. — Devolve um coração a um dos corpos mumificados num sarcófago aberto. Uma mulher renasce e as bandagens desenrolam-se lentamente, mostrando uma linda dama. — Leve-a, pois estava morta, mas o coração continuava preso ao marido e filho.
Yone estende a mão para ela, a ajudando a dar os primeiros passos de volta a vida, os olhos ainda se acostumando a claridade.
— E não vou desistir do seu coração, mortal, ele ainda será meu. — Anúbis profetiza reconhecendo a valentia, e como um oponente a altura, o jovem homem.
— E eu aguardarei que cumpra, pois, ter meu coração digno de ser guardado como símbolo por um deus, é deveras interessante. — Yone responde verdadeiramente e honrado.
São teletransportados para fora da fortaleza da pirâmide e assobia convocando seu cavalo de montaria, para carregar a mulher usaria um animal mais confortável para ela. Volta a cobrir o rosto e aconselha para a companhia fazer o mesmo, pois enfrentariam tempestades de areia no deserto, após ajuda-la sentar-se no animal, sai puxando a rédea e se embrenhando pela vastidão dourada de areia queimada pelo sol.
Alcança os limites da cidade, contornando-a pela entrada ao norte próxima ao castelo, para no templo e ajuda a rainha descer do cavalo, dispensando o animal e entram na construção subindo os três lances de escadas. Aguarda por alguns minutos a recém-ressuscitada absorver o baque de realidade, para quem viveu muitos anos como falecida.
— Está preparada para reencontrar seu esposo? — Pergunta amigável.
Ela balança a cabeça.
— Acredito que essas coisas só acontecem, não tem como se preparar. — Aperta os dedos e sorri. — Obrigada, eu acho.
— Por nada, estou apenas cumprindo a missão que o rei me incumbiu. — Aponta para cima e terminam e atingem juntos os últimos degraus.
— Olá Yone. Eu sou o Rei de Tanaris. Você poderia me fazer um favor? — Comenta automaticamente.
— Eu realizei o seu favor e aqui está a sua esposa ressuscitada por Anubis. — Informa de prontidão.
— Oh! Bravo guerreiro, você enfrentou um deus para me ajudar, estou surpreso e encantado com a honra em ter minha mulher novamente reinando ao meu lado. Para você, como recompensa de sua virtuosa coragem, receba as rédeas da montaria Black Jackal God que é símbolo de Tanaris.
Yone despede-se do casal apaixonado, partindo para Wisland, cidade em que morava e para sua casa com cama quente e aconchegante, onde iria dormir para recuperar a stamina gasta em combate, porém antes de pegar o barco com o capitão Jaum, verifica a montaria.
Era um chacal negro com uma sela dourada, um chicote pendurado e braceletes de ouro na cauda, referenciando o deus Anúbis em animal, e realmente já havia visto estátuas de chacais por Tanaris. A montaria era exclusiva e única, possuindo bônus de velocidade no deserto.
Yone fica contente por estar se aproximando de sua meta de ter todas as montarias do RadBr.